quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A família e a crise de autoridade


A questão da autoridade em nossos dias, está muito desgastada. O tema sofre do uso excessivo e da sua má aplicação. O mal exemplo vem de cima e as bases se rebelam, quando são obrigadas a se submeter a códigos de lei e de conduta que as próprias auturidades se incumbem de menosprezar. Esse menoscabo é nocivo para todos, pois instaura-se um sistema de em que cada um faz a sua própria lei.

Na vida pública,a questão da autoridade é regulada pelos códigos de conduta e pelos direitos do cidadão. A cidadania está mais valorizada hoje, porém, nem todos conhecem os seus direitos e deles fazem uso. Dentre os direitos do cidadão, por exemplo, está o direito de intocabilidade do corpo. Quando qualquer autoridade usa de formas de coação, tortura ou aplica tratamentos degradantes para com o cidadão, ela incorre em algo que é preceituado por lei, chamado de abuso de autoridade, passando a estar sujeita às penas previstas.

Na família, vive-se os dois extremos: frouxidão ou exesso de autoridade.Laisser-faire ou autoritarismo. E, com isso, quem sempre sai perdendo são os filhos que criam sem orientações balizadoras para uma boa conduta sicial.

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A rebeldia dos tempos modernos

Escrevendo a irmãos em Cristo de seu tempo, o apóstolo Pedro alertou quanto a existência de falsos mestres que, andando segundo a carne, ´´desprezam as autoridades ``(
2. Pe 2-10).
Dá para se perceber que o problema, então, é de longa data. Mas, os idosos costumam dizer que ´´as coisas estão muito mudadas``, já não são ´´como antigamente``. Então, isto pode ser um indício de que vivemos dias em que a questão da autoridade sofre do mal do ´´pouco casa``. Caiu-se num sistema depreciativo da autoridade, e isto tem levado a uma acerbação deste sentimento em que sofrem as instituições, e a família não fica para trás.

As conquistas sociais forjaram várias gerações de jovens que abraçaram, de certa forma, um ideal de liberdade. Somem-se os novos ventos de democracia soprados sobre países que, dura e cluelmente, experimentaram, em em algum período, algum tipo de censura sobre sua democracia. Saiu do extremo da repressão para o extremo da liberação. Muitos jovens embarcaram nesta canoa furada do ´´sigo a minha consciência, faço o que me dá prazer`` e, assim, perdeu-se o controle da situação.

Muitos pais reclamam da rebeldia dos filhos: crianças que não gostam de estudar; adolescentes que fogem da escola; jovens e adolescentes que se envolvem com as drogas. Somem-se a isso, também, as facilidades para relacionamentos sexuais ilícitos; a influência nociva dos meios de comunicação de massa; dentre outras questões graves de nossos dias. Mas, devemos também olhar o outro lado da moeda, e lembrar do afrouxamento do controle do comportamento dos filhos por parte de pais que não querem prove-los de uma educação responsável. O fato é que filhos-problema podem revelar a exist^Çencia de pais-problema. A psicologia tem mostrado que quando um filho se evereda pelo caminho das drogas, a família já ficou doente antes. Em uma família saudável, ninguém usa drogas ou abusa do álcool.

Tudo isso leva-nos à compreensão de que vivemos dias difíceis, à semelhança do alerta dado por Paulo a seu filho, na fé, Timótio: ´´ Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder ( 2 Tm 3. 1-5).


Como ser pai sem perder a pose

Muitos jovens casam-se, hoje em dia, sem estarem devidamente preparados para a vida a dois.Casam-se para ficarem livres dos pais, para alcançarem uma pretensa independência, para legalizarem uma vida sexual ativa que se vive escondidamente, para tantos fins menos nobres e, no decorrer dos dias, é que vão deparando com as questões mais pertinentes à vida de um casal. Vários destes jovens já entraram para o casamento, trazendo um filho na barriga ou mesmo já nascido. Como vão educar uma criança se não aprenderam a cuidar de si mesmos? Por conta dessa má preparação para a paternidade ou a maternidade, sofre-se uma inadequação a este novo papel social que se tem de assumir, quando chega uma criança no lar.

E como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, muitas vezes são as crianças que sofrem nas mãos desses pais. Pais embrutecidos pelos problemas da vida, que descarregam sobre a inocente criaça suas frustrações e seus recalques. Diante de uma situação destas, vale o conselho de Paulo:´´E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor``( Ef 6.4).

Nesta advertência paulina vamos encontrar o reconhecimento de uma situação muito comum nos lares: há pais que são mestres em provocar a ira a seus filhos. Como fazem isso? Vivendo de forma a não se dar ao respeito, a não preservar a sua condição de pai e a autoridade inerente ao seu posto.

Provocar a ira aos filhos pode ser objetiva como: responder mal; não dar a atenção requerida; não respeitar o conjuge e assim despertar a revolta; dentre outros casos, mas, pode ser também indireta como:ser irresponsável e não contribuir para a boa formação do caráter e do futuro do filho,ou mesmo prejudicar os seus sonhos por meio de comportamentos inadequados.

Ser pai não é sinônimode sisudez,endurecimento,dura cerviz, formalidade.Pode-se ser um bom pai e ainda assim ser amigo, leal, brincalhão,recreativo. Pode-se e deve-se exercer a disciplina com autoridade e nem por isso se perderá a simpatia e a amizade do filho.Toda criança sabe quando erra e quando está a merecer um castigo. Saber aplicá-lo na dose certa, e na hora certa com amor, será muito benéfico para a formação do seu caráter. Como diz, (Pv 13.24). E o filho sabe disso.

Pais, já falou para seus filhos o quanto você o ama? Então faça isso agora.










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